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Exames de imagem no diagnóstico da pancreatite

Você já ouviu falar sobre pancreatite? Apesar de não ser uma doença muito comum, ela pode aparecer subitamente e causar muitos sintomas incômodos e fortes dores. É causada pela inflamação do pâncreas, uma glândula do aparelho digestivo que desenvolve um importante papel no processo de digestão dos alimentos.

A pancreatite acontece quando as enzimas produzidas pelo pâncreas se tornam ativas no seu interior. Em condições normais, as enzimas pancreáticas só se tornam ativas quando saem do pâncreas e atingem o duodeno. A ativação destas enzimas no interior do pâncreas causa a destruição dos tecidos do próprio órgão.

O pâncreas fica localizado atrás do estômago, entre o duodeno e o baço. Suas principais funções são produzir e secretar enzimas digestivas para o duodeno através do ducto pancreático. Essas enzimas ajudam na digestão de proteínas, gorduras e carboidratos. A glândula também produz e secreta insulina e glucagon na corrente sanguínea para a regulação do uso de glicose pelas células do organismo.

Causas e sintomas

A doença biliar (cálculos) é responsável pela imensa maioria dos casos de pancreatite, além da ingestão abusiva de álcool.

Os cálculos biliares formados na vesícula podem migrar através dos ductos biliares e atingir a região da papila duodenal, que é também o lugar onde desemboca o ducto pancreático. A passagem dos cálculos por essa região pode promover a ativação das enzimas pancreáticas e desenvolver a pancreatite.

O principal sintoma da doença é a dor abdominal. A dor geralmente é sentida no epigástrio (parte superior do abdome que comumente chamamos de boca do estômago) e pode ter irradiação para as costas. Tem intensidade muito variável, mas em geral é de forte intensidade, de início súbito e pode durar vários dias.

Pode haver náuseas, vômitos, febre e distensão abdominal. O paciente pode ter o pulso rápido e queda da pressão arterial.

Exames de imagem

A confirmação diagnóstica exige exame de imagem do pâncreas e a tomografia computadorizada é o melhor método de imagem para a visualização de pancreatite aguda moderada ou grave.

A tomografia de abdome permite uma boa visualização do pâncreas, sendo um dos melhores exames para essas situações, oferecendo ao paciente um tratamento adequado para o alívio das dores, além da prevenção de possíveis complicações.

Tratamento

O tratamento depende basicamente da gravidade de cada caso. Na pancreatite leve, o tratamento é relativamente tranquilo, apesar de haver indicação da internação hospitalar. O jejum é prescrito por alguns dias para que o pâncreas não seja estimulado com a presença dos alimentos no duodeno.

O paciente só é realimentado quando a dor desaparece e o quadro clínico melhora. Devem ser feitas a reposição de líquido e eletrólitos por veia periférica e a administração de analgésicos e anti-eméticos para o alívio das dores e dos vômitos.

Nas pancreatites graves, a história é um pouco diferente. O paciente é mantido em unidade de tratamento intensivo, com monitorização constante dos seus sinais vitais e atenção rigorosa na tentativa de diminuir a inflamação, evitar a infecções e identificar as complicações, que podem ser graves.

Os antibióticos são utilizados quando o paciente apresenta sinais de infecção ou de necrose séptica na tomografia. Em alguns casos, o paciente pode apresentar choque, falência respiratória (podendo depender de respiradores), falência renal (podendo depender de hemodiálise) e falência múltipla dos órgãos.

Previna-se

Evite o consumo de álcool e pare de fumar. Procure um cirurgião para a retirada da vesícula se você tiver cálculo biliar. Tenha uma dieta balanceada para diminuir os níveis de triglicérides no sangue e prevenir a formação de cálculos na vesícula. Procure evitar o excesso de proteínas e gorduras.

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