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Estresse x impacto no organismo

Durante um dia difícil, quem nunca sentiu irritação, falta de ar ou falta de concentração? Tais sinais, típicos do estresse, têm-se tornado comuns na atualidade. Não existe um motivo único que leve um indivíduo a sofrer de estresse e essa condição pode provocar outras patologias como depressão, doenças cardiovasculares, metabólicas, gastrointestinais, reprodutivas, infecciosas, reumáticas e até cânceres.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a condição afeta mais de 90% da população mundial e é considerada uma epidemia global.

Tipos de estressores
Os estressores sensoriais ou físicos envolvem contato direto com o organismo. Estão incluídos, nesse caso, subir escadas, correr uma maratona, sofrer mudanças de temperatura (calor ou frio em excesso), fazer uma atividade de esporte radical, dentre outras situações.
Já o estresse psicológico acontece quando o sistema nervoso central é ativado através de mecanismos puramente cognitivos, como brigar com um amigo, fazer uma apresentação em público, vivenciar luto, mudar de residência, cuidar de parentes com doenças degenerativas e qualquer outra situação que gere ansiedade.
O terceiro tipo de estressor são as infecções. Vírus, bactérias, fungos ou parasitas que infectam o ser humano levam o paciente a sofrer de estresse, pois induzem a liberação de citocinas (proteínas com ação regulatória) pelos macrófagos, glóbulos brancos especializados na destruição por fagocitose de qualquer invasor do organismo. As citocinas, por sua vez, ativam um importante mecanismo endócrino de controle do sistema imunológico.

Estágios do estresse
A reação do organismo aos agentes estressores pode ser dividida em três estágios. No primeiro, o corpo reconhece o estressor e ativa o sistema neuroendócrino, que leva o indivíduo a sofrer de estresse.
Nessa fase também pode ocorrer tanto uma inibição quanto um aumento desmedido de hormônios gonadotróficos.
No segundo estágio, (adaptação), o organismo repara os danos causados pela reação de alarme, reduzindo os níveis hormonais. No entanto, se o agente ou estímulo estressor continua, o terceiro estágio (exaustão) começa e pode provocar o surgimento de uma doença associada à condição estressante, pois nesse estágio começam a falhar os mecanismos de adaptação e ocorre déficit das reservas de energia.
O estresse agudo, repetido inúmeras vezes pode, por essa razão, trazer consequências desagradáveis, incluindo disfunção das defesas imunológicas.

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