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Endometriose: novos métodos diagnóstico e exames por imagem

A endometriose é uma doença crônica que afeta milhares de mulheres no mundo inteiro. De acordo com dados, só nos Estados Unidos, 10% da população feminina apresenta a doença, o que corresponde a 5,5 milhões de pessoas.
Aqui no Brasil, a média é de 5 a 10% das mulheres e, segundo dados do DATASUS, em apenas 4 anos, o sistema de saúde gastou 10,4 milhões de reais por ano com diagnósticos e tratamentos da endometriose.

O que é endometriose

A principal característica da endometriose é a presença de um tecido com glândulas e estroma fora da cavidade uterina. Existem algumas causas, sendo uma delas a menstruação retrógrada, uma condição na qual a menstruação retorna pelas tubas uterinas e assim, cai em outros locais como peritônio, ovário e intestino.
O principal sintoma é a dor pélvica intensa que pode se apresentar de diversas formas como dispareunia, problemas urinários, dor intestinal e dismenorreia. Pode também causar infertilidade feminina e aumentar a predisposição dessas mulheres para desenvolver câncer no ovário.
O diagnóstico clínico costuma ser um pouco difícil de ser realizado. Além da coleta de dados da paciente e anamnese completa, outros exames são necessários. A laparoscopia é uma das formas, porém, há uma necessidade cada vez maior de métodos não-invasivos.

Diagnóstico por imagem da endometriose

O exame clínico pode apresentar certas limitações para descobrir a real extensão das lesões. Assim, os exames de imagem podem auxiliar o diagnóstico e ajudar a determinar o tipo de endometriose: superficial, ovariana ou profunda (lesões que penetram mais de 5 mm na região do peritôneo).
Vejamos agora quais são os principais métodos de diagnóstico por imagem para a patologia.

Ultrassonografia transvaginal (USTV)

Aqui, a USTV com preparo intestinal complementa o diagnóstico. Esse tipo de exame possui uma grande eficácia, especialmente no caso de lesões mais profundas. Para os casos de lesão intestinal, por exemplo, essa técnica consegue oferecer até 99% de precisão.

Ressonância magnética

Se ainda restar dúvidas após a realização da ultrassonografia, é possível recorrer à ressonância magnética. Esse método ainda consegue oferecer um diagnóstico diferencial de cistos ovarianos.
Além disso, é capaz de identificar quando ureteres, assoalho pélvico e plexos nervoso estão envolvidos no problema. Outro ponto positivo: é um excelente método para ser utilizado em mulheres virgens.
A ressonância magnética consegue oferecer uma visão panorâmica da região pélvica e assim, o especialista consegue visualizar, mais facilmente, os diversos locais que podem estar comprometidos por conta da endometriose.

Colonoscopia

A colonoscopia é um exame no qual avalia-se a parte interior de todo o trajeto intestinal, indo do ceco até o ânus. É mais utilizado para os casos nos quais há sangramento por via retal. O exame ajuda a descartar outras patologias próprias do intestino como doenças inflamatórias e pode ser útil também nos casos de câncer.

Conclusão

A eficácia do diagnóstico por imagem também dependerá da tecnologia dos aparelhos utilizados e dos profissionais especializados para manuseá-los. Esteja sempre ciente de utilizar exames de imagem vindos de uma clínica referenciada e que já tenha um bom tempo de atuação no mercado mostrando credibilidade e confiança.
Além da endometriose, a ressonância magnética também pode ajudar no diagnóstico de cardiopatias.

 

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